terça-feira, 22 de abril de 2014

O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry

O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry
Agir - 95 páginas
O Pequeno Príncipe tem muito a ensinar a essa gente grande que ficou cega para as coisas que realmente importam.




Título: O Pequeno Príncipe
Título Original: Le Petit Prince
Autor: Antoine de Saint-Exupéry
Tradutor: Dom Marcos Barbosa
Editora: Agir
Ano da Edição: 2006
Ano Original de Lançamento: 1943
Nº de Páginas: 95
Comprar Online: Saraira / Submarino

Sinopse:
Um piloto de aviões, certo dia, precisou fazer um pouso de emergência em pleno Deserto do Saara. Sem condições de pedir ajuda e com água para apenas alguns dias, ele teria que fazer o conserto ele mesmo e ainda corria o risco de não conseguir.
Achou que passaria todo esse tempo sozinho, mas eis que surge um pequeno Príncipe para conversar com ele. Um pequeno Princípe que exige o desenho de um carneiro. E nenhum parece agradá-lo, até que o desenhista (que não havia feito nenhum desenho desde os seus seis anos de idade, quando após o segundo desenho de sua vida foi desencorajado pelos adultos à sua volta a seguir com tamanho desperdício de tempo) fez uma caixa e disse ao príncipe que o carneiro que ele desejava estava lá dentro.
Pronto! Estavam os dois felizes.

O que eu achei do livro:
Alessandra, que sinopse maluca é essa que você escreveu? Ora, por que iria eu me atraver a escrever uma sinopse para esse livro? Se você nunca ouviu falar sobre ele, eu lhe pergunto em que buraco esteve metido durante todos esses anos... e se já ouviu falar sobre o livro, não precisava de uma sinopse tradicional dele. Portanto, decidi que escreveria a alma do livro - para mim, é essa a alma do livro! Importar-se com que o que é realmente importante (não apenas com as aparências) e ser feliz com as coisas simples! E, claro, nunca esquecer o quão importante é a sua imaginação.
O Pequeno Príncipe ainda não é um livro de domínio público, mas sem dúvidas já merece a alcunha de clássico. Por que digo isso?! Como boas pessoas adultas que vocês são, tenho certeza que não ficarão satisfeitas se eu disser que esse é um dos mais lindos livros infantis que já li e que ao mesmo tempo possui lições de moral e pensamentos filosóficos que irão tirar sua noite de sono. Acho que nem mesmo falar sobre as belíssimas aquarelas feitas pelo próprio autor será o suficiente para impressionar as pessoas adultas que estão lendo essa resenha. Partirei, portanto, para os números - afinal de contas, pessoas adultas adoram números! O livro O Pequeno Príncipe já foi traduzido para mais de duzentas e cinquenta línguas e vendeu mais de duzentos milhões de cópias! É, sem sombra de dúvidas, um dos livros mais vendidos do mundo. Quem acompanha a 
lista da Veja de livros mais vendidos do Brasil percebe que o livro está frequentemente entre os dez mais vendidos e nunca esteve fora dos vinte mais vendidos nesses dois anos que acompanho semanalmente a lista online - o que é uma marca realmente impressionante.
Seria isso à toa? Eu não acho. A escrita de Saint-Exupéry é cativante! Simples, numa linguagem acessível a todas as crianças, e ao mesmo tempo rebuscada, mas não nas palavras e sim nos significados! Já que nas entrelinhas dessa obra encontramos uma crítica à sociedade da época (e que se estende, até mesmo de maneira mais preocupante, aos dias atuais) - onde todos estão sempre ocupados, frequentemente com as coisas erradas, e se esquecem de dar importância ao que realmente vale a pena.
Acompanhar as aventuras desse Pequeno Príncipe, que parte de seu pequeno planeta - o B 612 (pessoas grandes sempre precisam de números) - onde tem três vulcões (um que aparentemente está extinto, mas que ele faz questão de revolver todos os dias, já que ele pode voltar à ativa algum dia) e uma rosa, a rosa mais importante de todas! Saindo de lá, ele passe por alguns outros planetas até chegar ao nosso - o planeta Terra.
E antes de terminar essa resenha, é muito importante que eu diga que essa é a maneira que o livro me tocou. Isso foi o que eu enxerguei n'O Pequeno Príncipe. Talvez para você ele seja completamente diferente. Aliás, eu espero mesmo que seja. Afinal de contas, qual seria a graça de um livro se ele fosse absolutamente igual para todas as pessoas? A beleza está justamente em tocar exatamente no lugar onde é preciso. E, mesmo que para você ele seja diferente do que foi para mim, esse será um livro inesquecível!

"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."
Se você ainda não leu essa história, precisa fazer isso urgentemente! É uma história linda, tocante, fofa! Ao mesmo tempo que é super ingênua e parece uma simples história para criança, guarda nas entrelinhas mensagens importantes para quem, como eu, se perde na correria do dia-a-dia.

PS1: O autor viveu em exílio nos Estados Unidos entre 1941 e 1943. As primeiras versões do livro foram publicadas por uma editora americana - em inglês e francês - em 1943. Foram as únicas edições publicadas com o autor ainda vivo. A versão francesa (publicada por uma editora francesa) só saiu em 1945 (o autor morreu em 1944).

PS2: A edição da Agir ficou maravilhosa! O texto está em segunda pessoa, o que me faz imaginar se o texto é escrito dessa forma no original.
As ilustrações são um encantamento e, certamente, não haveria livro sem elas! Delicie-se com as lindas aquarelas de Saint-Exupéry enquanto se deliciar com o livro. As reproduzidas na edição brasileira foram baseadas na edição americana de 1943, tentando se ater, o máximo possível, ao que seriam os desenhos originais.

PS3: Por causa um código francês, muitas vezes utilizado como condecoração - o "Mort pour la France" (em tradução livre, Morto pela França) concedido a Saint-Exupéry em 1948, seu trabalho recebeu 30 anos a mais de direitos autorais. Tendo o autor falecido em 1944, seu trabalho não será de domínio público antes de 2044 (levando-se em conta a lei de direitos autorais da França que é de 70 anos após a morte do autor).

PS4: Deixei isso para o final porque é uma das lições mais lindas do livro! Um jardim com cinco mil flores não é melhor do que um jardim com uma única flor, desde que você a cative!


quinta-feira, 17 de abril de 2014

Escritor colombiano Gabriel García Márquez morre aos 87 anos

Vencedor do prêmio Nobel de Literatura, escritor colombiano é autor de obras como 'Cem Anos de Solidão' e 'Notícia de um Sequestro'






Obras do autor colombiano foram traduzidas em 30 línguas e venderam 40 milhões de cópias; na imagem, uma rara aparição de García Márquez

Foto: AFP


Uma perda inestimável!